terça-feira, 10 de novembro de 2009

No palco dos protestos: A música!!!!!!



Hoje, Peço espaço para um protesto!!!!... não um em especial... nem mais um sem importância...


Apenas uma expressão de indignação após ter lido um e-mail sobre meu (*#!) país e sobre sua política de "aperto de mãos... e tapinhas nas costas..."


Aproveitando o clima de uma música do grupo inglês DEPECHE MODE, escrevo aqui a letra tradudiza de EVERYTHING COUNTS, que faz uma crítica ao capitalismo... e eu diria mais, sobre a corrupção!!!!







DEPECHE MODE


The handshake seals the contract
O aperto de mão sela o contrato
From the contract there's no turning back
Do contrato não há retorno
The turning point of a career
A guinada em uma carreira
In Korea being insincere
Na Coréia, sendo desonesto
The holiday was fun-packed
O feriado foi cheio de diversões,
The contract still intact
O contrato, ainda intacto

CHORUS:
Chorus:
The grabbing hands grab all they can
As mãos gananciosas agarram tudo o que podem
All for themselves after all
Tudo para elas afinal de contas
The grabbing hands grab all they can
As mãos gananciosas agarram tudo o que podem
All for themselves after all
Tudo para elas afinal de contas
It's a competitive world
É um mundo competitivo,
Everything counts in large amounts
Vale tudo em grandes quantias

The graph on the wall
O gráfico na parede
Tells the story of it all
Conta a história disso tudo,
Picture it now see just how
Imagine agora veja como
The lies and deceit gained a little more power
As mentiras e a fraude ganharam um pouco mais de poder
Confidence taken in
Confiança adotada
By a suntan and a grin
Com um bronzeado e um sorriso discreto

CHORUS
Chorus

Everything counts in large amounts
Vale tudo em grandes quantias

The grabbing hands grab all they can
As mãos gananciosas agarram tudo o que podem
Everything counts in large amounts
Vale tudo em grandes quantias




Letra e tradução retiradas do site Letras com o link abaixo, caso queiram também ouvir a música.




quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Carlos Drummond de Andrade



Outro extraordinário poeta brasileiro!!! Gosto muito de vários poemas de Carlos Drummmond de Andrade; mas como teria que escolher apenas um para postar hoje, acredito que "José" nos faz pensar... e como pensar é uns dos objetivos deste blog então aqui vai este formidável poema:






José


E agora, José?

A festa acabou,

a luz apagou,

o povo sumiu,

a noite esfriou,

e agora, José?

e agora, você?

você que é sem nome,

que zomba dos outros,

você que faz versos,

que ama, protesta?

e agora, José?

Está sem mulher,

está sem discurso,

está sem carinho,

já não pode beber,

já não pode fumar,

cuspir já não pode,

a noite esfriou,

o dia não veio,

o bonde não veio,

o riso não veio,

não veio a utopia

e tudo acabou

e tudo fugiu

e tudo mofou,

e agora, José?

E agora, José?

Sua doce palavra,

seu instante de febre,

sua gula e jejum,

sua biblioteca,

sua lavra de ouro,

seu terno de vidro,

sua incoerência,

seu ódio — e agora?

Com a chave na mão

quer abrir a porta,

não existe porta;

quer morrer no mar,

mas o mar secou;

quer ir para Minas,

Minas não há mais.

José, e agora?

Se você gritasse,

se você gemesse,

se você tocasse

a valsa vienense,

se você dormisse,

se você cansasse,

se você morresse...

Mas você não morre,

você é duro, José!

Sozinho no escuro

qual bicho-do-mato,

sem teogonia,

sem parede nua

para se encostar,

sem cavalo preto

que fuja a galope,

você marcha, José!

José, para onde?



Carlos Drummond de Andrade

Monteiro Lobato



Alguns dias sem postagem alguma... Mas aqui está: um breve conto de Monteiro Lobato, autor consagrado pelas suas fantásticas e inúmeras obras, e que neste conto, não tão conhecido quanto outros, descreve João Teodoro, um homem pacato, simples, porém, com uma consciência incomum. Leia e reflita!




UM HOMEM DE CONSCIÊNCIA

Chamava-se João Teodoro, só. O mais pacato e modesto dos homens.
Honestíssimo e lealíssimo, com um defeito apenas: não dar o mínimo valor a
si próprio. Para João Teodoro, a coisa de menos importância no mundo era
João Teodoro.

Nunca fora nada na vida, nem admitia a hipótese de vir a ser alguma coisa. E
por muito tempo não quis sequer o que todos ali queriam: mudar-se para terra
melhor.

Mas João Teodoro acompanhava com aperto no coração o deperecimento visível
de sua Itaoca.
- Isto já foi muito melhor, dizia consigo. Já teve três médicos bem bons
- Agora só um e bem ruinzote. Já teve seis advogados e hoje mal dá serviço
para um rábula ordinário como o Tenório. Nem circo de cavalinhos bate mais
por aqui. A gente que presta se muda. Fica o restolho. Decididamente, a
minha Itaoca está se acabando...

João Teodoro entrou a incubar a idéia de também mudar-se, mas para isso
necessitava dum fato qualquer que o convencesse de maneira absoluta de que
Itaoca não tinha mesmo conserto ou arranjo possível.
- É isso, deliberou lá por dentro. Quando eu verificar que tudo está perdido,
que Itaoca não vale mais nada de nada de nada, então arrumo a trouxa e
boto-me fora daqui.

Um dia aconteceu a grande novidade: a nomeação de João Teodoro para delegado.
Nosso homem recebeu a notícia como se fosse uma porretada no crânio.
Delegado, ele! Ele que não era nada, nunca fora nada, não queria ser nada,
não se julgava capaz de nada...

Ser delegado numa cidadezinha daquelas é coisa seríssima. Não há cargo mais
importante. É o homem que prende os outros, que solta, que manda dar sovas,
que vai à capital falar com o governo. Uma coisa colossal ser delegado - e
estava ele, João Teodoro, de-le-ga-do de Itaoca!...

João Teodoro caiu em meditação profunda. Passou a noite em claro, pensando
e arrumando as malas. Pela madrugada botou-as num burro, montou no seu
cavalo magro e partiu.

- Que é isso, João? Para onde se atira tão cedo, assim de armas e bagagens?

- Vou-me embora, respondeu o retirante. Verifiquei que Itaoca chegou mesmo
ao fim.

- Mas como? Agora que você está delegado?

- Justamente por isso. Terra em que João Teodoro chega a delegado, eu não
moro. Adeus.

E sumiu.


Monteiro Lobato

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Momento Próprio




Poema de autoria própria, momento atual, com idéias que podem parecer até descabidas mas não são. E com ilustração inspirada numa música do KRAFTWERK: THE MAN MACHINE.

Só depois que comecei o curso de Letras, aprendi um pouco sobre métrica poética... então, estes versos abaixo são essencialmente livres e brancos (sem rima).




Entre versos e algarismos


Ainda impossível de ser equacionada,
A trilha se encontra emaranhada;
Por entre passos cosmopolitas demais,
De uma alma que não se cansa
E a cada minuto alcança,
Um novo e pretensioso cais.

Mesmo um caminho,
Não sendo sempre, para sempre,
A decisão assim me parece.
E por vezes as luzes se acendem,
E um alvo, creio que vejo;
Mas de precisão, minhas mãos ainda carecem

Atingir, chegar,
Almejar, ir,
O quê? Onde?
Qual? Aonde?
...exatamente?!

Aquilo, lá,
Os sonhos todos, Aonde Deus e minhas forças permitirem
Sem exceções!!
Sem restrições, ao cidadão que não encontra um lugar somente
Pois todos os lugares pertencem a ele.


sábado, 19 de setembro de 2009

Pensamentos



Extraordinário escritor francês, Vitor Hugo, é dono de pensamentos formidáveis.


Logo abaixo serão citados alguns, que foram selecionados humildemente pela alma que aqui, agora, escreve essas linhas.


Ainda tenho muito o que conhecer de sua belíssima obra, porém, digo que quando li "Os Trabalhadores do Mar" adorei-o já nas primeiras páginas. Ainda mais, para minha surpresa, que havia conseguido uma edição a qual foi traduzida por nada mais, nada menos, que Machado de Assis. Foi uma experiência literária e tanto!!!RECOMENDO!!!!!!!!!


alguns pensamentos:




"Não há nada como o sonho para criar o futuro. Utopia hoje, carne e osso amanhã."




"Há pensamentos que são orações. Há momentos nos quais, seja qual for a posição do corpo, a alma está de joelhos."




"Se você quer civilizar um homem, comece pela avó dele."




"A tolerância é a melhor das religiões."




"A medida do amor é amar sem medida."




Vitor Hugo

sábado, 12 de setembro de 2009

Hoje




Hoje, somente uma postagem de estreia...






Aqui, meu caro leitor, escontrarás um pouco de tudo: Música, poesia (de autoria própria e de autores consagrados), literatura mundial, enfim, assuntos que, de alguma forma, faça parte do meu dia a dia e do mundo.


Um poema de Manoel de Barros que, quando ouvi no programa Provocações, da TV Cultura, chamou muito minha atenção:

A poesia está guardada nas palavras
É tudo que eu sei
Meu fardo é não entender quase tudo
Sobre o nada eu tenho profundidades
Eu não cultivo conexões com o real
Para mim poderoso não é aquele que descobre o ouro
Poderoso pra mim é aquele que descobre as insignificâncias do mundo e as nossas
Por essa pequena sentença me elogiaram de imbecil
Fiquei emocionado e chorei
Sou fraco para elogios.

...muito bom!!!!!